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O que é o ligamento colateral medial?

 

Estrutura de colágeno que conecta o fêmur na tíbia, na porção medial, com a função de auxiliar na estabilidade do joelho, não permitindo que o joelho deforme em valgo (entre para dentro). Uma vez lesionado, tem ótima capacidade de cicatrização.

O que causa a lesão do ligamento colateral medial?

O mecanismo de rompimento deste ligamento é com torções do joelho, sendo a mais frequente aquela em que o pé fica fixo ao solo, e ou por desequilíbrio ou por alguma força aplicada na parte lateral do joelho (parte externa),levando o joelho para dentro, no sentido de encostar no outro joelho, conforme ilustrado na figura.

É o ligamento mais lesionado do joelho, porém devido ao fato de muitas vezes se tratar de uma lesão pouco grave, muitas dessas lesões nem são diagnosticadas pois o paciente acaba não procurando atendimento médico. Pode acompanhar lesões multiligamentares, e nesses casos, podemos encontrar lesões que geram instabilidade importante e portanto lesões graves.

Quais os sintomas da pessoa que rompe o ligamento colateral medial?

No momento da lesão, a pessoa sente dor na face medial do joelho (interna), e geralmente não causa edema dentro da articulação do joelho, apenas na face medial. Nas lesões leves ou parcias, o indivíduo consegue andar e por vezes nem procura auxílio médico. Devido ao poder de cicatrização deste ligamento, após 4 a 6 semanas a dor praticamente desaparece, sem deixar sintomas. Nos casos com maior gravidade, com instabilidade, a pessoa sente que o joelho “entorta para dentro” (deforma em valgo) no momento do apoio da marcha. Como estes casos são comumente associados de outros ligamentos lesionados, os sintomas serão dependentes de quais outros ligamentos estão envolvidos, geralmente o LCP e/ou o LCA.

Como é feito o diagnóstico?

Como para os outros ligamentos do joelho, são utilizados 3 elementos para o diagnóstico: 1- A história do paciente, com os dados do momento da lesão e os sintomas relatados, conforme acima citados. 2- O exame físico realizado por ortopedista com experiência no tratamento destas lesões, geralmente especialista em cirurgia do joelho. O exame clínico é fundamental, pois é possível sentir a ação do ligamento e graduar quanto de instabilidade está presente, podendo até diferenciar uma lesão parcial de uma lesão total do ligamento. O exame sempre leva em comparação o outro joelho (não lesionado). 3- Exames de imagem: Radiografias, Tomografias e Ultrassonografia pouco ajudam. O exame que auxilia é a Ressonância Magnética. Apesar de ser um excelente exame, muitas vezes deixa dúvida se a lesão é parcial ou total. Por este motivo, é muito importante um bom exame clínico.

Como é o tratamento? Nunca necessita de cirurgia?

O tratamento pode ser círugico ou sem cirurgia, com a realização de fisioterapia. Por se tratar de uma estrutura com ótima capacidade de cicatrização, o tratamento na grande maioria das vezes não necessita de cirurgia. O joelho permanece imobilizado por 4 a 6 semanas em extensão, e após o período de cicatrização, inicia-se a reabilitaçãoo com fisioterapia. O tempo de imobilização pode variar conforme o grau da lesão e a opção do médico que está conduzindo. Mesmo os casos mais graves, com instabilidade, pode ser tratado sem cirurgia inicialmente, e após o período de cicatrização, realiza-se novo exame físico para avaliar se ainda há instabilidade. Havendo, o tratamento cirúrgico está indicado. Existem alguns casos que opta-se pelo tratamento cirúrgico antes da tentativa do tratamento com imobilização, porém são pouco frequentes (grandes instabilidades ou desinserção na tíbia com sobreposição da pata de ganso).