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Cuidados pré e pós-operatórios de artroplastia (Prótese) de Joelho

Cuidados antes da cirurgia:

O ideal no momento da cirurgia é que o joelho tenha boa mobilidade, sem edema (inchaço) volumoso. Além disso, quanto melhor a condição da musculatura do membro antes da cirurgia, melhor será a recuperação após a mesma. Por este motivo, é interessante, porém não fundamental, um trabalho de fortalecimento com fisioterapeuta ou em academia, dependendo do paciente.

É fundamental um adequado preparo pré-operatório, portanto é recomendado que o paciente passe em consulta com clínico para avaliação de exames laboratoriais, exames cardiológicos e radiográficos. Dependendo das doenças que o paciente possua, outras avaliações poderão ser necessárias, como endocrinológica para diabéticos, reumatológica para pacientes com artrite reumatóide entre outras. É expressamente proibido realizar a cirurgia em vigência de infecções como infecção urinária, sinusite, infecções dentárias, etc.

  • Dia anterior à cirurgia: É necessário jejum de 8 horas para alimentos e líquidos. Água pode ser ingerida até 4 horas antes, depois não mais. É indicado evitar ingestão de alimentos muito pesados na noite anterior, como feijoada, carne gordurosa em grande quantidade, e evitar bebidas alcoólicas. É proibido o uso de drogas ilícitas na semana anterior à cirurgia por risco de interações com os anestésicos usados no momento da cirurgia. A internação pode ser no dia da cirurgia, 3 horas antes, ou no dia anterior, dependendo do Hospital.
  • Levar ao Hospital: Documento pessoal (CNH ou RG), carteirinha do plano de saúde e exames pré-operatórios (exames de sangue, radiografias, ressonância magnética, etc.). Andador pode ser levado ou adquirido após a cirurgia, pois no hospital será realizada fisioterapia com treino de marcha com andador, e a equipe de fisioterapia dos Hospitais tem muletas e andadores disponíveis para utilizar no momento do treino de marcha. Não é necessário nenhum tipo de carta de internação, apenas o documento pessoal.
  • Dia da cirurgia: Medicações de uso contínuo (hipertensão, diabetes, tireóide, colesterol, etc) devem ser utilizadas normalmente. Outros medicamentos, devem ser discutidos com o médico previamente se devem ser descontinuados ou não. Limpeza do membro e retirada dos pelos são realizadas na sala cirúrgica imediatamente antes da cirurgia ou no quarto de internação pela equipe de enfermagem.

Cuidados após a cirurgia:

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  • Dia da cirurgia: Ao chegar ao quarto, medicações analgésicas são aplicadas. O membro deve permanecer esticado, nunca dobrado. Gelo a cada 2 horas por 20 minutos é interessante para diminuir a dor e o processo inflamatório. Tal cuidado é realizado pela equipe de enfermagem. Ida ao banheiro é permitida, desde que o paciente tenha segurança para o deslocamento com o andador. Geralmente no dia da cirurgia, o paciente acaba não indo ao banheiro sozinho, somente com auxílio da enfermagem. Neste dia geralmente não realiza-se fisioterapia, porém desde a saída do centro cirúrgico, é importante movimentar o pé, simulando acelerar e desacelerar o pedal de um automóvel. Em muitos casos, o primeiro dia é passado em leito de UTI, para maior segurança e conforto do paciente.
  • Um dia após a cirurgia: realiza-se a primeira sessão de fisioterapia, com exercícios isométricos e flexão do joelho até 90 graus. O paciente senta na poltrona do quarto de internação. Quando deixado dreno na articulação, o mesmo é retirado pelo cirurgião, apenas o tracionando (tal procedimento não causa dor, apenas leve desconforto em alguns pacientes).
  • Segundo dia após a cirurgia: semelhante ao primeiro dia, porém com início do treino de marcha com andador com orientação da fisioterapia do Hospital. Continuada a analgesia e prevenção de infecção com antibiótico.
  • Terceiro dia após a cirurgia: fisioterapia novamente. Neste dia é realizada a primeira troca de curativo, e deixado curativo impermeável que ficará ocluído nos próximos 7 dias. Estando o paciente com a dor controlada e confortável para ir para seu domicílio, ocorre a alta hospitalar.
  • Alta Hospitalar: ocorre geralmente no terceiro dia após a cirurgia, porém em alguns casos a alta é dada no segundo dia ou após o terceiro dia, dependendo das necessidades de cada paciente. As medicações para dor, prevenção de infecção e de trombose são orientadas conforme necessidade no momento da alta, pelo cirurgião. São também orientados os exercícios e cuidado gerais no domicílio.
  • Curativo: permanece ocluído com curativo impermeável por uma semana, momento do retorno ao consultório. Por ser impermeável, é possível tomar banho sem necessidade de cobrir o curativo. No retorno com 10 dias da cirurgia, é trocado o curativo, colocado novo curativo impermeável, e o mesmo é retirado com 14 dias da cirurgia, dia em que é colocado novo curativo impermeável. Entre 14 e 21 dias, retiram-se os pontos.
  • Andador: geralmente utiliza-se de auxílio para andar por 3 a 6 semanas. Estando o paciente confortável e seguro, o mesmo pode andar sem auxílio do andador. É permitido pisar com carga total com o auxílio do andador desde o segundo dia da cirurgia.
  • Dirigir automóveis: recomenda-se 4 a 6 semanas sem dirigir. O ato de dirigir não influencia o procedimento cirúrgico realizado, porém devido ao edema e desconforto no joelho, é perigoso ocorrer alguma dificuldade e propiciar um acidente automobilístico nas primeiras semanas. Portanto, é prudente aguardar este período para voltar a dirigir.
  • Fisioterapia após a alta: É fundamental a realização de fisioterapia após a cirurgia, sendo iniciada já no primeiro dia após a cirurgia. Devido ao período de cicatrização da ferida e da musculatura, existem exercícios que são permitidos e outros não, e ao longo da reabilitação, conforme o passar das semanas, novos exercícios são introduzidos. É importante que o fisioterapeuta tenha experiência e conhecimento dos protocolos de reabilitação para uma boa recuperação e para não ocasionar complicações. De forma geral, o paciente inicia a fisioterapia na semana seguinte. Fica sem imobilização, utilizando andador por 3 a 6 semanas. Inicialmente, a ênfase é no ganho de mobilidade do joelho, analgesia e exercícios isométricos. Após o segundo mês, os exercícios são intensificados, e após o quarto mês, a ênfase é no fortalecimento final e nos exercícios de propriocepção (treino de equilíbrio). Geralmente o paciente demora em torno de 4 a 8 semanas para andar sem mancar. O joelho vai melhorando em relação à função nos 4 meses subsequentes à cirurgia, e após este período, temos o resultado final obtido pelo procedimento.
  • Durabilidade das próteses: O esperado é que a prótese fique fixa e funcional por volta de 20 anos, podendo variar de 10 a 30 anos. Este período vale para as próteses colocadas nos últimos 30 anos, portanto é provável que próteses implantadas hoje, com novos modelos e cuidados, possam durar ainda mais. O momento em que é necessária a troca da prótese é aquele no qual a prótese começa a soltar, e o sinal claro deste fato é o início de um quadro de dor que não existia anteriormente. A simples radiografia associada a esta nova dor fazem o diagnóstico da soltura do implante, e é importante a constatação e programação da troca da prótese. Mantê-la solta não é recomendado, pois podem ocorrer deformidades e perdas ósseas ao redor da prótese, dificultando uma futura troca dos componentes. O procedimento de troca da prótese é semelhante à cirurgia inicial em relação à cirurgia e reabilitação, porém é uma cirurgia mais difícil tecnicamente e com maior risco de complicações.