HORÁRIO DE ATENDIMENTO
Segunda a sexta: das 7h30 às 19h30
(11) 94470-7006
Brooklin
(11) 97056-8157
Jardim Paulistano

O que é condromalácea?

Degeneração da cartilagem presente nas articulações, podendo ocorrer em qualquer articulação. Devido a sua alta frequência na cartilagem da patela, o termo condromalácea muitas vezes é associado à condromalácea patelar.

 
Condromalácea Patelar

O que causa a condromalácea?

Geralmente a causa exata não é identificada, podendo ser relacionada a fatores da anatomia, histologia e fisiologia do joelho do indivíduo. 

Com tais fatores associados, ocorre uma fricção crônica entre a patela e o fêmur, causando a degeneração da cartilagem. Em alguns casos, é possível identificar a causa, como por exemplo fraturas da patela, traumatismos importantes ou deformidades anatômicas evidentes. 

Todos estes são fatores de difícil correção. Além disso, a condromalácea costuma progredir lentamente, principalmente se medidas para prevenção não forem tomadas.

Quais são os graus?

Ver no youtube

 

Para graduar, utilizamos classificações de lesões de cartilagem. Essas lesões são avaliadas individualmente e vale lembrar que quando falamos o termo condromalácea, nos referimos a um conjunto de lesões de cartilagem que envolvem a patela. 

Uma classificação clássica muito utilizada é a de Outerbridge (1961), que divide em 4 graus:

  • Grau I: amolecimento da cartilagem; 
  • Grau II: fissuras superficiais; 
  • Grau III: fissuras profundas; 
  • Grau IV: erosões ósseas. 

Portanto, cada lesão de cartilagem recebe uma graduação e é comum nos referirmos ao grau da condromalácea pelo grau da pior lesão. 

Quais os sintomas?

O principal sintoma é a dor anterior do joelho, ou seja, dor na parte da frente do joelho, atrás e em volta da patela. 

Costuma doer após longos períodos com o joelho na mesma posição, por exemplo após longas viagens ou muito tempo dirigindo, durante o ato de subir ou descer escadas e ao levantar de uma cadeira. É comum escutar estalidos e crepitações ,e em algumas situações, edema no joelho. 

Como é feito o diagnóstico?

São usados 3 elementos para o diagnóstico: 

1- A história do paciente, com os sintomas relatados, conforme acima citados. 

2- O exame físico realizado por ortopedista, avaliando o local da dor, presença de edema e alterações biomecânicas que justifiquem o processo. 

3- Exames de imagem: Radiografias, Tomografias e Ultrassonografia pouco ajudam. O exame que auxilia é a Ressonância Magnética. Apesar de ser um excelente exame, a cartilagem é um tecido de difícil visualização. Portanto, para ter certeza na classificação das lesões condrais, a única forma é através da artroscopia. Porém é evidente que não realizamos artroscopia somente para a classificação destas lesões, e nos baseamos na Ressonância Magnética. Vale lembrar que máquinas de Ressonância modernas são capazes de avaliar com boa precisão, porém a maioria das máquinas existentes no Brasil não possuem tal precisão. 

Como é o tratamento?

Ver no youtube

Inicialmente são tomadas medidas anti-inflamatórias e para controle da dor, como uso de analgésicos, anti-inflamatórios e gelo. 

Na fase inicial do tratamento, já está indicada a fisioterapia, para auxiliar neste processo de controle da dor. O próximo passo é a tentativa de correção dos fatores biomecânicos que estão causando o processo degenerativo. 

Para isto é necessária a atuação de um bom e experiente fisioterapeuta. De forma geral, é realizado fortalecimento muscular, principalmente dos abdutores e adutores do quadril e do quadríceps, além de alongamento da musculatura posterior da coxa e do quadríceps. 

Melhorando a força e equilíbrio muscular, a tendência é haver menos sobrecarga da articulação entre a patela e o fêmur, e diminuírem os sintomas e a progressão da degeneração. 

O uso de medicações para proteção da cartilagem (condroprotetores) é muito realizado, porém existem algumas controvérsias na literatura quanto à sua efetividade. 

Outra ferramenta terapêutica é a infiltração de ácido hialurônico dentro da articulação do joelho. Tal procedimento também é alvo de controvérsias na literatura médica quanto sua eficácia para proteção da cartilagem, porém sabemos que alguns pacientes referem melhora da dor após certo período da aplicação. 

Procedimentos cirúrgicos para lesões difusas da cartilagem da patela são pouco utilizados devido aos resultados insatisfatórios, salvo algumas situações pouco frequentes. Procedimentos para lesões únicas sintomáticas são abordados no ítem lesões de cartilagem. 

Vale citar que a infiltração de corticosteróides deve ser evitada devido ao efeito nocivo do mesmo à cartilagem. Existem estudos atuais a respeito da infiltração de PRP (plasma rico em plaquetas), com possível melhora da dor, porém sem evidências que altere a evolução da degeneração da cartilagem.