Desvendando o mistério do ligamento cruzado posterior
Postado em: 04/03/2024
O Ligamento Cruzado Posterior (LCP) é uma estrutura de colágeno que conecta a parte posterior do fêmur (osso da coxa) à tíbia, garantindo a estabilidade do joelho. Ele evita o deslocamento da tíbia para trás, mantendo o joelho seguro e firme.
Junto com o Ligamento Cruzado Anterior (LCA), o LCP controla os movimentos para frente e para trás do joelho. Quando lesionado, o ligamento cruzado posterior pode se recuperar até certo ponto, mas essa melhora nem sempre é suficiente para manter o joelho estável. Continue lendo para entender mais sobre a importância do LCP e descobrir opções de tratamento para suas lesões.
Quais são as causas da lesão do ligamento cruzado posterior?
A lesão do ligamento cruzado posterior (LCP) ocorre devido a um trauma direto na frente da tíbia. Isso pode acontecer em situações como acidentes de carro, quando a perna é pressionada contra o painel. Lesões por quedas de moto também são comuns, pois envolvem impactos de alta energia que podem afetar não apenas o LCP.
Outra causa frequente de lesão é a hiperflexão do joelho, que ocorre quando alguém cai sentado com o joelho dobrado. Esse tipo de acidente é visto normalmente em esportes como futebol americano e rugby.
É importante destacar que as lesões no LCP muitas vezes estão associadas a danos a outras partes do joelho, como cartilagem, outros ligamentos e ossos, o que torna o cuidado e o tratamento ainda mais necessários.
Quais são os sintomas de uma lesão no ligamento cruzado posterior?
Logo após a lesão, é comum sentir muita dor e ter dificuldade para andar. Em lesões parciais, os sintomas podem ser mais leves, com menos dor e inchaço, permitindo até a continuação de atividades esportivas por um tempo, embora isso seja raro.
Após algumas semanas, o joelho se recupera, o inchaço diminui e a capacidade de andar e correr retorna. Ao contrário das lesões no LCA, os sintomas de uma lesão no ligamento cruzado posterior variam bastante. Alguns pacientes podem sentir instabilidade e falta de confiança no joelho lesionado, mas a maioria experimenta apenas desconforto leve que não chega a impedir a prática de esportes.
Os sintomas exatos dependem da gravidade da lesão, que define o grau de comprometimento do ligamento. Os sinais mais comuns incluem dor na parte anterior do joelho (onde a patela encontra o fêmur) e dificuldade para subir e descer escadas.
Com o tempo, se o ligamento rompido não for tratado e houver alteração na biomecânica do joelho, pode provocar um processo degenerativo, levando à artrose. Isso depende do grau de instabilidade do joelho e de quanto ele é exigido no dia a dia.
Como é feito o diagnóstico?
Para diagnosticar uma lesão no ligamento cruzado posterior, é importante considerar três aspectos principais:
1. Histórico do paciente: informações sobre como a lesão ocorreu e os sintomas experimentados pelo paciente ajudam a entender a gravidade e a natureza da lesão.
2. Exame físico: realizado por um ortopedista especializado em joelho, esse exame é fundamental para avaliar a estabilidade da articulação e determinar a extensão da lesão. Comparar com o joelho não lesionado é uma prática comum para essa avaliação.
3. Exame de imagem: a ressonância magnética (RM) é o exame mais eficaz para visualizar a lesão do ligamento cruzado posterior. No entanto, pode haver dúvidas quanto à lesão ser parcial ou total, destacando a importância de um exame clínico detalhado.
Como é o tratamento?
O tratamento das lesões do ligamento cruzado posterior (LCP) pode ser não cirúrgico ou cirúrgico, dependendo do exame físico e do grau da lesão.
Grau 1: lesões leves, geralmente são tratadas de forma conservadora, sem necessidade de cirurgia. O foco está na fisioterapia para recuperar a força e a estabilidade do joelho.
Grau 2: lesões moderadas, em que o tratamento sem cirurgia é o mais recomendado, apesar de algumas controvérsias nos estudos científicos, seguindo protocolos semelhantes ao tratamento para lesões leves.
Grau 3: lesões graves que requerem tratamento cirúrgico para reconstruir o ligamento, utilizando tendões do próprio paciente ou de doadores.
Como funciona o tratamento sem cirurgia?
Após a lesão, o tratamento sem cirurgia geralmente segue estas etapas:
- Imobilização do joelho em extensão por 4 a 6 semanas, com o uso de muletas para apoio.
- Início da fase de fortalecimento muscular, com foco no quadríceps, seguido por exercícios de propriocepção.
- Retorno gradual às atividades esportivas quando o paciente recupera a força comparável à do outro joelho.
Quando é necessária a cirurgia?
Em casos que requerem intervenção cirúrgica, diferentes opções de enxertos podem ser consideradas, como tendões flexores (semitendíneo e grácil) ou partes do tendão do quadríceps ou patelar, geralmente retirados do próprio paciente.
A escolha do enxerto depende da experiência e preferência do cirurgião. Enxertos de doadores são menos comuns no Brasil devido à escassez de bancos de tecidos. É importante destacar que os tendões de doadores podem ter qualidade inferior aos do próprio paciente.
Durante a cirurgia, são criados túneis no fêmur e na tíbia, por onde o enxerto é passado e fixado com diferentes técnicas, como parafusos de interferência e placas de fixação. A integração completa do enxerto nos túneis, essencial para a estabilidade do joelho, ocorre ao longo de 2 a 4 meses, durante os quais o enxerto deve ser protegido de esforços excessivos.
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